top of page

Romeu e Julieta

Em Verona, na Itália do final do século XVI, Romeu Montéquio e Julieta Capuleto, filhos de famílias inimigas, se apaixonam perdidamente. Para viver esse amor proibido, os jovens se casam em segredo e se envolvem em uma trama cheia de reviravoltas.

Nesta edição de Romeu e Julieta, a adaptação em prosa buscou aproximar a linguagem e a estrutura textual do dramaturgo e poeta inglês William Shakespeare do público infantojuvenil, facilitando a compreensão da leitura.

As ilustrações, concebidas pelo artista plástico Rodrigo Mafra, remete às montagens teatrais, primeiro lar das histórias shakespearianas. Personagens, elementos e cenários esculpidos em madeira são dispostos de maneira a criar um jogo entre luz e sombra.

Prêmios/Seleções:

  • ​Projeto da Prefeitura de Campos do Jordão 2024

Romeu-e-julieta_capa_baixa.webp

Editora Elo  2024

Adaptação de Flávia C

Ilustrador Rodrigo Mafra

108 páginas

ISBN: 978-65-80355-84-6

Nesta coleção, os textos foram adaptados buscando uma linguagem e uma estrutura que aproximarão você, leitor, da época em que essas histórias foram escritas. Você se apaixonará pelas obras que Shakespeare criou e constatará que um bom livro é, também, um convite para que voltemos a ele, que o queiramos reler no original. E as obras de Shakespeare, para mim, chamam mais e mais leitura.                                     

                                                                                                      Caio Riter

Autor, mestre e doutor em Literatura Brasileira

Romeu-e-Julieta_aberto2_edited.jpg

Literatura que dialoga com quem somos

 

            Eu era adolescente quando me encontrei com Shakespeare pela primeira vez. Sobre a mesa da biblioteca da escola onde eu estudava, vi um livro cuja capa mostrava dois jovens enamorados. Acreditei serem o Romeu e a Julieta do título, então, li a quarta capa e descobri que encontraria naquelas páginas a história de um amor impossível.

            Levei Romeu e Julieta para casa. Era uma adaptação em prosa, como os livros desta coleção da Elo Editora. Lembro que, a cada página vencida, eu acompanhava, com grande expectativa, a história de amor daqueles dois adolescentes de Verona. Bastou esse primeiro contato com a litera- tura produzida por William Shakespeare, dramaturgo e poeta que viveu na Inglaterra de meados do século XVI até o início do século XVII, para que eu retornasse à biblioteca de minha escola e convivesse com outras histórias e mais personagens criados pela mente genial desse autor inglês.

            Há quem diga que todos os grandes conflitos humanos estão presentes nas obras de Shakespeare: amor, ciúme, desconfiança, traição, inveja, entre tantos outros sentimentos e emoções que constroem quem somos. Embora seus personagens estejam tão distantes de nosso tempo, ele ainda tem o que nos dizer, ainda nos emociona, ainda nos faz torcer para que os heróis superem suas angústias e para que os vilões sejam punidos — punição, aliás, que nem sempre encontraremos na literatura shakespeariana. Um bom livro, creio, é aquele que faz exatamente isto: propõe a reflexão sobre a vida, sobre o universo que nos cerca, extrapolando as fronteiras geográficas, culturais ou temporais.

            Um clássico, como disse Italo Calvino, é um livro que nos chega cheio das impressões daqueles que o leram antes de nós. Nesse sentido, ao nos encontrarmos com um clássico, como são as tragédias e as comédias escritas por William Shakespeare, não apenas estamos realizando uma leitura individual, mas também estamos dialogando com as emoções experimentadas pelos personagens — mergulhados em seus dilemas existenciais —, e pelos leitores que nos antecederam e com nossas próprias impressões. Cada vez que releio Romeu e Julieta, por exemplo, embora eu conheça todas as peripécias pelas quais passaram os dois protagonistas, vibro com a história de amor adolescente e retorno ao momento de meu primeiro encontro com a literatura de Shakespeare.

            Nesta coleção, os textos foram adaptados buscando uma linguagem e uma estrutura que aproximarão você, leitor, da época em que essas histórias foram escritas. Você se apaixonará pelas obras que Shakespeare criou e constatará que um bom livro é, também, um convite para que voltemos a ele, que o queiramos reler no original. E as obras de Shakespeare, para mim, chamam mais e mais leitura.

            Otelo, Lady Macbeth, Katherina, Hamlet, Rei Lear, entre tantos outros personagens criados pelo autor inglês fazem parte (e sempre farão) da minha construção como pessoa, como leitor, como escritor. Nesse sentido, ler Shakespeare é ter contato com uma literatura que dialoga com quem somos e com quem seremos.

                                                                                                                

 

                                                                                                                              Caio Riter

 Autor, mestre e doutor em Literatura

bottom of page